
Por: Fernanda Martins
O que falar de Marcos Siega? Ou melhor, por onde começar? Porque apesar de muito prazeroso, discorrer sobre esse diretor não é uma tarefa fácil.
De vampiros a anjos, de rock’n roll a lindas canções de amor, de meninas malvadas aos Muppets, do encanto de um casamento (Island in the Sun ) aos relacionamentos desfeitos e angustiantes (Broken Home)… Da jovem espião Verônica Mars aos crimes solucionados de Lilly Rush, do órfão Dexter Morgan ao professor literário Joe Carroll… Marcos Siega é o que podemos definir de mente aberta! Mente perspicaz, observadora, atenta, receptiva, crítica, empolgante, apaixonante!
Talentoso, amante da profissão, da vida… amante das pessoas! Este é Marcos Siega em todos os seus trabalhos. Ele se define, deixa sua marca e faz diferença por onde passa.
Mas contrapondo ao drama, ele soube trabalhar com o alegre, o animado, o divertido, o hilário. “All the Small Things” do Blink -182 que ficou em primeiro lugar nas paradas musicais, atingindo vários paises e sendo considerado o melhor vídeo em muitas premiações (MTV Vídeo Music Awards 2000 – melhor vídeo de grupo)! “ Was a litttle surprised it went over so weel” (“Eu estava um pouco surpreso que fui tão bem”), disse Marcos Siega em entrevista. Mas não é verdade, Marcos, não foi nenhuma “surpresa”. Não quando você está no jogo, está na equipe, orientando, sendo VOCÊ com sua paixão incansável pelo perfeito, pelo melhor.
E se a intenção é citar vídeos musicais então que venham Paramore, Lifehouse, System of a Down, Jars of Clay, Weezer, Sara Bareilles, Kelly Osbourne, Vanessa Carlton. E desculpem, é impossível citar todos. Lista grande demais e artigo pequeno demais.
E o que dizer dos amados seriados que hoje estão cada vez mais presentes na vida dos jovens, adultos e até crianças? Marcos Siega teve a oportunidade de trabalhar com atores iniciantes na carreira e com aqueles mais experientes como Kevin Bacon, Maggie Grace, Ian Somerhalder, instruindo a todos com a mesma dedicação e entusiasmo.
Definitivamente, Marcos Siega marcou a história de “The Vampire Diaries”.
“Charlies Angels 2011″. Remake! E diga-se, produzir uma história anteriormente produzida não é fácil. Talvez seja o maior desafio de um profissional. Mas este trabalho representou que tudo pode ser transformado, renovado, tudo pode ter o seu brilho próprio, que uma idéia definida jamais é totalmente… definida. E mesmo que tenha durado tão pouco, nós agradecemos ao Marcos que colaborou, trabalhou e se entusiasmou como ele sempre faz em TODOS os seus trabalhos. E talvez isso seja o mais importante: Ter amor e prazer em TUDO que se faz.
E para fechar este pequeno e tão simples tributo ao diretor Marcos Siega, é bom refletirmos sobre a grandiosidade dessa profissão que ele carrega. Dirigir filmes, clipes ou seriados exige a participação de um número inimaginável de pessoas. É trabalho em equipe. É dedicação, entusiasmo, são horas de sono perdidas, é abrir mão de estar com a família, amigos, é sacrificar, é mudar horários, é estressar, é estudar, é ler, é pesquisar, é ser responsável, é guiar, orientar, é ter olhos abertos, é saber lidar com personalidades diferentes, é aceitar, é negar, é dizer sim, dizer não, é saber decidir, é ser líder e ao mesmo tempo aprendiz, é estar pronto a receber idéias, opiniões e criticas, é ter vários olhos, vários ouvidos. E ser diretor acima de tudo É AMAR AS PESSOAS.
Muitas vezes só damos valor para aqueles que aparecem em cena, o mocinho e a donzela que se beijam ou o grande policial que prende os bandidos, quando na realidade os verdadeiros astros estão escondidos atrás de suas câmeras, segurando equipamentos, orientando, gritando: “ação!”, ou “a luz não ficou boa”, ou então “temos que mudar isso, tudo precisa ficar perfeito.” Todos são importantes, atores e produção, e cada um desempenha um papel fundamental nos shows. Eu só desejo (desejo íntimo e muito forte) que as pessoas comecem a amar mais, aqueles que não aparecem nas telas, mas que estão nas telas o tempo inteiro! Estão nos chamados créditos finais, quando na verdade deveriam ser créditos iniciais.
“Eu parti de um ponto de romance na série e não do elemento sombrio e assustador dos vampiros. E eu disse:” a série precisa ter um peso emocional.” Depois mudei para: “mas pode ser assustador também.” – Marcos Siega em “The Vampire Diares”.
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